O QUE É HIPERTENSÃO ARTERIAL
A hipertensão arterial – também chamada de hipertensão arterial sistêmica (HAS) ou ainda “pressão alta” – é uma doença cardiovascular crônica que afeta 17 milhões de brasileiros.1 Ela ocorre quando a pressão do sangue nos vasos ou artérias do corpo está elevada, acima dos parâmetros considerados saudáveis para a população geral.2
Toda vez em que o coração bombeia o sangue pelo corpo ele é impulsionado pelas artérias do corpo, causando assim uma “pressão” nos vasos sanguíneos. A “pressão arterial” é composta por duas medidas:
- máxima (sistólica): é a pressão nas artérias quando o coração bate e bombeia o sangue;
- mínima (diastólica): pressão nas artérias entre os batimentos cardíacos, quando o coração (ventrículo esquerdo) volta a encher-se para retomar o processo da circulação do sangue.
O indicador considerado ótimo para a pressão é 120x80 mmHg (12X8) – ou seja, pressão sistólica de 12 (máxima) e pressão diastólica de 8 (mínima).3 Mas quando a pressão se mantém elevada de forma constante por um longo período, pode causar danos aos vasos sanguíneos, ao sistema vascular de modo geral e especialmente aumentar o risco de problemas cardíacos e neurológicos.3
É natural que a pressão varie ao longo do dia, conforme a atividade realizada ou de acordo com a exposição à fatores que causam estresse, irritação ou cansaço: como trânsito, esforço físico e sono ruim, por exemplo. Mas a pressão elevada e constante em diferentes horas do dia, independente da exposição a esses fatores, pode indicar a propensão ao desenvolvimento ou um quadro de hipertensão já instalado.
A tabela a seguir mostra os parâmetros da pressão arterial:2
Por demorar a ser percebida e sentida pelos pacientes, a hipertensão arterial pode ficar muitos anos se agravando, até que seja diagnosticada. Por conta disso, o início do tratamento muitas vezes é adiado, o que pode trazer sérias consequências para o quadro geral de saúde dos pacientes.
Como a hipertensão é consequência de um conjunto de fatores – alguns mutáveis e outros imutáveis – mesmo pessoas com alimentação saudável, praticantes de esportes e dentro do peso ideal podem desenvolver hipertensão arterial, por conta de fatores como o avanço da idade ou histórico familiar. Por isso, independentemente do estilo de vida, é importante acompanhar regularmente a pressão arterial e manter as consultas médicas em dia.
Para prevenir o desenvolvimento da hipertensão arterial é importante que haja a identificação dos sintomas no quadro em que a pressão ainda está se elevando (ou pré-hipertensão), mas quando a doença ainda não está instalada. Neste caso, recomenda-se buscar ajuda médica para tratamento adequado e elaboração de um plano de controle, evitando a evolução para a hipertensão arterial.4
Existem dois diferentes tipos de hipertensão arterial:
- hipertensão primária (ou essencial): tende a se desenvolver gradativamente ao longo dos anos. É caracterizada por casos em que não há uma razão identificada que cause a hipertensão arterial.5
- hipertensão secundária: ocorre quando a hipertensão arterial é uma consequência de outras doenças (doenças renais, tumores da glândula adrenal, problemas de tireoide, problemas congênitos nos vasos sanguíneos, apneia obstrutiva do sono, entre outras); consequência do uso de medicações (como anticoncepcionais, analgésicos e antigripais); ou do uso de drogas ilícitas como cocaína ou abuso crônico de álcool.5
A hipertensão arterial nas mulheres: gestação e menopausa
Uma pesquisa do Ministério da Saúde revelou que o número de diagnósticos de hipertensão arterial no Brasil é maior nas mulheres (26,9%) do que nos homens (21,3%).3 Entre as possíveis consequências para isso estão as mudanças que ocorrem no corpo das mulheres durante os períodos da gravidez e menopausa.3 Portanto, as mulheres devem ter cuidados redobrados com a saúde do coração durante esses dois períodos.
Referências
1. Site da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH).Disponível em: http://www.sbh.org.br/geral/noticias.asp?id=69 Último acesso em 19 de outubro de 2017.
2. Site Mayoclinic.org. Disponível em: http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/high-blood-pressure/basics/definition/con-20019580 Último acesso em 19 de outubro de 2017.
3. Site da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Disponível em: http://prevencao.cardiol.br/campanhas/hipertensao/cartilha-mulher-2014.pdf Último acesso em 19 de outubro de 2017.
4. Site do National Heart, Lung and Blood Institute. Disponível em: http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/hbp Último acesso em 19 de outubro de 2017.
5. Site MayoClinic.org. Disponível em: http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/high-blood-pressure/basics/causes/con-20019580 Último acesso em 19 de outubro de 2017.
Antibióticos são substâncias capazes de eliminar ou impedir a multiplicação de bactérias, por isso são usados no tratamento de infecções bacterianas. Sua descoberta revolucionou a história da medicina, pois anteriormente muitas pessoas morriam em decorrência de diversos tipos de infecções. Atualmente, porém, o uso indiscriminado de antibióticos vem fazendo com que as bactérias se tornem resistentes aos tratamentos, gerando um grave problema no mundo todo.1
Eles atacam somente as bactérias, sem causar danos às demais células do organismo. Sua função consiste em interromper ou acabar com a multiplicação de bactérias no corpo.2
Esse tipo de medicamento pode ser dividido em:3
- Bactericidas: capazes de matar ou causar danos irreversíveis às bactérias;
- Bacteriostáticos: capazes de interromper a reprodução e crescimento das bactérias sem destruí-las imediatamente.
A penicilina é o bactericida mais usado no mundo e foi o primeiro antibiótico a ser descoberto, em 1928. Devido ao mal uso desse medicamento, em 2010, o governo brasileiro criou leis para limitar o acesso aos antibióticos. A partir disso, sua venda passou a ser autorizada somente mediante receita médica.¹
Além da penicilina, os antibióticos mais comuns usados em tratamentos são:
- Aminoglicosídeos - utilizado no tratamento de infecções mais graves;2
- Cefalosporinas - frequentemente prescritas para tratar as seguintes doenças: infecções de pele, partes moles, faringite estreptocócica, infecção urinária e profilaxia de várias cirurgias;4
- Glicopeptídeos - usadas no tratamento de doenças mais persistentes em pacientes em estado grave, como no tratamento da Pneumonia ou Sífilis;2
- Polipeptídicos - usados para tratar infecções oculares;2
- Quinolonas - usadas no tratamento de Infecções Urinárias recorrentes, Gonorreia, Diarreia Bacteriana, entre outras.2
O uso indiscriminado desse tipo de medicamento ocorre quando ele é usado para tratar infecções que não são causadas por bactérias, é tomado em doses incorretas, ou quando o tempo de tratamento não é cumprido.1
Por fim, é indispensável a orientação de um profissional da saúde quanto ao uso correto dos antibióticos.
Referências:
1. https://bvsms.saude.gov.br/uso-correto-de-antibioticos/#:~:text=Antibi%C3%B3ticos%20s%C3%A3o%20subst%C3%A2ncias%20capazes%20de,de%20diversos%20tipos%20de%20infec%C3%A7%C3%B5es Último acesso em 18 de julho de 2022.
2. https://www.hipolabor.com.br/blog/hipolabor-explica-como-funcionam-os-antibioticos/ Último acesso em 18 de julho de 2022.
3. https://tnsnano.com/chem/bactericida-vs-bacteriostatico/ Último acesso em 18 de julho de 2022.
4. https://www.sanarsaude.com/blog/amp/cefalosporinas-artigo-farmacia-tudo-que-voce-precisa-saber Último acesso em 18 de julho de 2022.
Referências:
- Quiróz, Alicia. Appropriate use of antibiotics: an unmet need, 2019. https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1756287219832174 Último acesso em 26 de julho de 2022.
- https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/antimicrobial-resistance Último acesso em 26 de julho de 2022
- https://www.paho.org/pt/topicos/resistencia-antimicrobiana?page=4 Último acesso em 21 de julho de 2022